quarta-feira, 24 de setembro de 2014

A FLOR QUE MURCHOU






A florzinha que mal desabrochava
escolheu um jardim sem conhecer
Imatura a menina não pensava
Orgulho não deixou retroceder


Meio tarde, porém, em tempo ainda 

Já teve oportunidades, algumas
Sem ter um aceno, a intenção finda
condena sua vida à densas  brumas


O futuro que é hoje esse presente

Na imagem que se põe em minha frente
Cruel reflexo de um bobo conselho


O fim de uma vida já desbotada

Sem piedade a deixa desolada
                                                      Vendo tão triste a alma no espelho

domingo, 21 de setembro de 2014

COVARDIA

Tem coração que não sabe entender
O carinho de um outro coração
Que não pretendia nada mais que ler
Notas coloridas de uma canção.

Mesmo quando esse coração acelera
No compasso de versos felizes
A ele dedicados apenas em quimera,
Mente e inventa outros matizes.

Por pura maldade ou apenas covardia
Deixa que julgamento se faça
Ao coração que só quis lhe dar alegria,
Depondo para sua desgraça.

Coração que não conhecia falsidade
Dormia abraçado em flores,
Acordou dilacerado, sem claridade,
Atingido e tingido de dores...

ESSE CORAÇÃO...


O coração não aprende,
Ilude-se por qualquer carinho...
Laço mesmo roto o prende,
Leva-o por escuro caminho.

Pensa ser inteligente,
Até fica envaidecido...
Continua inocente,
Cai onde já tinha caído.

Não pode ser culpado
Por acreditar em alguém
Que astuto e educado
Quer formar um harém.

Coração meio criança
Crê em contos de fada...
De sonhar não se cansa,
Repete a falsa estrada

Virá o dia, isso é certo,
Ele vai ter juízo,
Deveras ser esperto.

Um dia vai criar siso,
Pensar antes de agir
Não vão mais te  ferir.


CIUMES

Claro agora, porque falta razão,
O motivo de toda sua acusação...
O desejo de tê-la exclusiva
E não ver ainda perspectiva.

Pela sua impaciência e pressa
Sem ao tempo dar tempo, já confessa,
Não aceita dela explicação,
Prefere magoar seu coração.

O sofrimento que ao mundo proclama
Por ter de apagar do corpo essa chama,
Falsidade que reza ter sofrido,

Por certo é fruto de sua carência,
Isso que lhe inflige grande demência
É tão só um ciume mal resolvido.

O QUE É AMOR?

O amor não arde em ciumes, não!
O amor nada cobra, tem o cuidado...
Traz flores pra adornar o coração,
Pra não vê-lo como jardim pisado.

Saber certa a hora é isso amor
Como o é também saber confiar...
Sem pensar, muio falar causa dor,
Não pensar só em si, é mais amor.


    Se o dizer eu te amo é verdadeiro
      Não defende seus direitos primeiro,
  As palavras não desabonam atos.

     Quem ama só vai ser correspondido
Quando na vida tiver aprendido,
  Não existe no amor dono de fato.

ENCONTRO


Talvez meu coração não pretendeu,
Mas os caminhos que sempre pisou
Em tantas voltas que o mundo deu,
São as pegadas onde o teu andou;

Por coincidência não foi só, apenas,
Foi o chamado de um coração,
Atento as normas que ditou Mecenas
Pra contigo viver essa paixão;

Mas esse encontro foi inevitável,
Pois tens um coração insaciável,
Idem, é essa a condição do meu...

Realizando assim vamos quimeras,
Fazendo dos invernos primaveras,
Nesse encontro feliz, o meu e o teu.

DOM

Poesia é um sentimento
Da alma,o pensamento,
Não é rimar flor com amor,
Cura com versos, a dor.
Poesia é amar em versos
Mesmo em reversos...
Vem lá de cima,
com ou sem rima,
Não perde o tom,
Versar é dom!

sábado, 20 de setembro de 2014

Fênix, novo blog

Quase Fênix, esse nascimento...
Novo blog trazendo nuances,
cores dos mesmos sentimentos...
Os versos e eu temos um romance...